Músicos e Médicos

Músicos e Médicos são duas classes profissionais cujo poder de sedução tem dado provas de eficácia.
Mas o que têm estes profissionais para serem sempre associados a vidas desregradas plenas de droga e sexo desenfreado?

Aos músicos associamos poemas e melodias que conseguem derreter o coração mais empedernido singing my life with his words, killing me softly, with his song… A verdadeira canção do bandido que (dizem…) lhes garante noites longas em boa companhia e dias solitários, pedrados, mas criativos.

Já o romantismo de um bisturi afiado é mais difícil de compreender… Ainda assim, os hospitais (pelo menos nos Estados Unidos) parecem ter sempre camas livres em quartos escondidos (ou não…) e já se sabe que a ocasião faz o ladrão. Ao neurocirurgião dos sonhos de todas as gajas junta-se a enfermeira dos sonhos de todos os gajos e está criada a receita para agarrar audiências. As drogas também estão sempre acessíveis e o consumo justifica-se pelo stress de salvar vidas em turnos consecutivos.

De uma forma ou de outra, acho que gostamos de nos sentir vulneráveis, mas seguras. E se uns cantam as nossas vidas, outros têm a capacidade de as salvar. Tudo muito bonito e ainda melhor se ao recheio associarmos uma figura do nosso agrado!

Por isso todas temos os Drs. McDreammy da nossa vida e aquela música que não nos importávamos que nos fosse cantada ao ouvido pelo próprio autor.

Depois voltamos à vida de todos os dias, onde não queremos ver Médicos pela frente e em que os Músicos respondem a processos por violência doméstica. E lá temos de aturar os Contabilistas e Informáticos das nossas vidinhas!